O que é PIX? Conheça o novo modelo de pagamento instantâneo

Uma nova maneira de fazer transferências e pagamentos: econômica, instantânea, sem limites, que funciona todos os dias do ano, todas as horas do dia…

Parece bom demais pra ser verdade, né? Mas, em breve isso será possível com o PIX, novo método de pagamento instantâneo, que estará disponível a partir de novembro de 2020.

A novidade foi anunciada pelo Banco Central do Brasil e promete revolucionar a maneira como as pessoas pagam e recebem no Brasil. Mas, afinal, o que é o Pix do Bacen? E o que muda na vida dos brasileiros? Saiba tudo sobre o novo modelo de pagamento instantâneo! 

O que é PIX e como funciona?

O pagamento instantâneo (Pix) foi desenvolvido pelo Banco Central e possibilita realizar transferências de valores entre pessoas, pagamento de contas e até recolhimento de impostos em tempo real, seja entre pessoas físicas ou jurídicas.

Será possível, por exemplo, fazer uma transferência ou pagamento por meio de uma conta Cora em qualquer dia da semana e horário, e o valor estará disponível em poucos segundos na conta do beneficiário.

O sistema estará disponível 24 horas por dia e 7 dias por semana. Ou seja, aquela transferência ou pagamento realizado aos finais de semana ou fora do horário bancário será compensada imediatamente, como já ocorre em transferências entre contas da mesma instituição financeira.

Trata-se de um novo meio de pagamento que tem o objetivo, segundo o Bacen, de baratear o custo das operações de pagamentos e transferências, além de reduzir a circulação de dinheiro em papel, o que é mais econômico para o setor e seguro para o consumidor.

A modalidade não é uma novidade no exterior. Para se ter uma ideia, estima-se que foram realizados mais de 80 milhões de pagamentos instantâneos em 2018. Países como China e Austrália também fazem uso do método.

Toda essa facilidade, no entanto, pode fazer você se questionar: o PIX é seguro?

De acordo com o Bacen, as informações dos usuários do PIX são armazenadas em uma plataforma desenvolvida e operada pelo próprio órgão. Além disso, a base de dados será protegida pelo sigilo bancário e pela LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados).

O processo também contará com mecanismos de autenticação, a fim de garantir a identificação de quem paga e de quem recebe. Vamos falar mais sobre isso abaixo!

Leia também | Guia de prevenção contra golpes financeiros

PIX, TED e DOC: Qual a diferença?

Semelhante ao TED e DOC, que já conhecemos, o diferencial do PIX está justamente na agilidade e disponibilidade em que a transação é realizada, independente do dia da semana ou horário.

Os pagamentos e transferências bancárias que conhecemos dependem de um processo chamado “compensação bancária” para serem efetuados. Ela é necessária devido à comunicação que deve ocorrer entre o agente financeiro de quem envia e de quem recebe o dinheiro.

No Pix, não há a necessidade da validação de um intermediário para a compensação da transação. As  transferências e pagamentos ocorrem diretamente da conta do usuário pagador para a conta do usuário que recebe o valor. 

Outra diferença está na simplificação das informações solicitadas. Atualmente uma transferência eletrônica de dinheiro demanda que o usuário informe alguns dados como CPF e nome completo do beneficiário, por exemplo. Já no Pix, também haverá a opção de usar uma chave de acesso ou QR code.

Entenda as principais diferenças entre DOC, TED E PIX na tabela abaixo:

ModalidadeDOCTEDPIX
PrazoO valor cai na conta de destino no próximo dia útil, mas pode levar mais tempo se a transferência for feita após às 22h.O valor cai no mesmo dia, caso a transferência seja feita até às 17h.O valor cai na conta de destino em até 10 segundos, independente do dia ou horário que foi realizado.
Valor máximoR$ 4.999,99Não há limite máximoNão há limite máximo
Valor mínimoNão há limite mínimoNão há limite mínimoNão há limite mínimo

É o fim do DOC, TED e maquininhas?

De acordo com o Bacen, não há previsão de que métodos de transferências como TED e DOC ou de pagamentos como a maquininha deixem de existir. A novidade, no entanto, é que essas modalidades de pagamento deixarão de ser as únicas possibilidades: o Pix, portanto, passa a ser mais uma alternativa para transferir e fazer pagamentos.

Dessa forma, o usuário poderá escolher em seu pacote de serviços bancários o método mais vantajoso de acordo com a situação, considerando taxas e condições. 

Por exemplo, se o pacote inclui um número ilimitado de transferências TED e o PIX possui uma determinada taxa, é mais vantajoso optar pela TED, caso não haja necessidade de enviar o valor imediatamente.

Aproveite, também, para entender como a Cora ganha dinheiro sem sem cobrar por boletos e transferências

Quem pode usar o PIX?

O Bacen também esclarece que as transações em tempo real poderão ser utilizadas em diversas modalidades:

  • Transações P2P: entre pessoas físicas;
  • Transações P2B: entre pessoas e empresas (o comércio eletrônico também entrará nessa categoria);
  • Transações B2B: entre pessoas jurídicas;
  • Transações P2G e B2G: elas podem ser de uma pessoa física para o órgão (P2G) ou mesmo de uma empresa para o governo (B2G).
  • Transações G2P e G2B: aqui entram pagamentos de salários e benefícios sociais feitos pelo governo para pessoa física (G2P). Além disso, será possível realizar o pagamento de convênios ou outros serviços feitos pelo governo para uma empresa (G2B).

Como fazer transações via PIX?

A regulamentação do Banco Central determinou que as transações do Pix poderão ser feitas pelo método tradicional, com a inserção dos dados pessoais do beneficiário, por uma chave de endereçamento ou também por meio da leitura de QR Codes estáticos e dinâmicos. Entenda mais cada um deles:

Dados pessoais

Semelhante ao processo realizado para transferências TED ou DOC, o PIX poderá ser validado por meio da inserção dos dados do recebedor, como nome completo, CPF ou CNPJ.

Ao informar os dados do recebedor, a identificação será realizada imediatamente e o pagamento efetivado. 

Chave de endereçamento 

Também será possível inserir uma chave de endereçamento, ou seja, um dado que identifica o recebedor, que pode ser o número do celular ou um documento (CPF/CNPJ), previamente cadastrado pelo usuário.

Ao informar a chave, o sistema identifica imediatamente para onde o dinheiro deve ser transferido.

QR Code

O QR também pode ser utilizado para identificação do recebedor. Ele pode ser estático, (usado em múltiplas operações) ou dinâmico (utilizado em apenas uma). Assim, quem recebe a cobrança deve gerar um QR Code e ao fazer a leitura, basta o usuário conferir os dados e confirmar o pagamento.

Da mesma forma, o QR Code pode ser utilizado para indicar os dados do pagador. Para isso, o usuário deve gerar um código e apresentar ao recebedor e, assim, efetuar o pagamento. O código pode ser gerado até mesmo de forma offline.

De acordo com o cronograma do Bacen, em 2021 será possível realizar operações com QR Code próprio e tecnologias que permitam a troca de informações por aproximação, como a NFC. Em 2022 será incluso a opção de débito automático e em 2023, os pagamentos poderão ser feitos também com a apresentação de documento.

Como o PIX apoiará o varejista?

O anúncio do PIX já tem movimentado o mercado financeiro, que precisa se adaptar ao novo formato, a fim de garantir concorrência e não é diferente com o setor varejista, o que mais deve ser favorecido com a novidade.

Isso porque, a solução é um meio de pagamento acessível para quem paga e para quem recebe. Será possível, por exemplo, oferecer um banner com QR Code no qual o cliente só precisará escanear o código pelo aplicativo no celular, digitar o valor a ser pago e fazer a transferência instantânea para a conta do estabelecimento. Ou seja, ele poderá fazer uma compra mesmo que tenha deixado a carteira em casa.

Dessa forma, o PIX tem o potencial de ser uma porta de entrada para  acelerar a automatização do setor e reduzir burocracias, além de facilitar a rotina dos consumidores, o que irá estimular o consumo.

O que preciso fazer para usar o PIX?

Para usar o Pix, será necessário que tanto o pagador (quem envia o dinheiro) quanto o recebedor (quem recebe o dinheiro) tenha uma conta em banco, instituição de pagamento ou fintech que foi aprovada na plataforma. A conta pode ser corrente, poupança, de depósito ou até mesmo uma carteira digital.

A instituição pode escolher oferecer a funcionalidade no internet banking, agências, apps no celular e até em lotéricas. Outro ponto importante é que somente os titulares poderão movimentar a conta e realizar as transações via PIX.

Todas as informações para a adesão devem ser fornecidas pelos canais de comunicação das instituições financeiras cadastradas no PIX. Entre elas, está a Conta Digital Cora que, em breve, estará pronta para operar com pagamentos instantâneos.

Fonte: Cora – https://www.cora.com.br/blog/o-que-e-pix/?utm_medium=email&_hsmi=94602733&_hsenc=p2ANqtz-9z43NdziSbJX9kMTkfDNP9vvrpV9ckfWsMP-r6FGc5rQnBrBC9krMTeJxhl9t5YDIXg_8php4j7Ttv7pJHpUfKwEK8VVZCQkY03QDQUjfsA8yw3Zk&utm_content=94602733&utm_source=hs_email

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *